sábado, julho 19, 2008

Looking for Astronauts


Demorei pra me apaixonar, de verdade. Em 2005 tive o primeiro contato, com Alligator. E, depois de uma breve passada em uma ou duas músicas, 'definitivamente' não havia me conquistado. Meu momento era outro, bem aquele de saber qual era a nova melhor banda do momento. E passei direto pelos National.
Com Boxer foi a mesma coisa: uma audição aqui, uma irritação ali, e logo foi esquecido no HD mesmo diante dos elogios que eu sempre costumava ler, ver e ouvir. Revisitando alguns arquivos antigos foi que a coisa começou a mudar. Fui direto para Green Gloves, quinta faixa do Boxer, e senti um certo arrepio. Repeti. Uma, duas, três, quatro vezes. E o arrepio só aumentava. Tentei outra música, e outra, e outra. Comecei a olhar diferente. Percebi que não era música de fácil digestão. Tampouco apenas para se ouvir. Tem que sentir. Pela voz, pelos arranjos, pelo piano, pela sinestesia, pela angústia, pela nostalgia, pelo clima tão intimista, tão peculiar...

quarta-feira, julho 16, 2008

Pouco Provável

Chovia. E era domingo. Daqueles típicos e frios. Gelados, na verdade. Mas eu adorava. Gostava de sentir que mesmo naquele dia tão solitário a simples sensação de não depender de alguém para me aquecer já me deixava melhor. Era um dia solitário, porém não um dia triste. Chovia e tudo parecia tão melancólico, inclusive a música que tocava. Mas não havia dor, não havia desespero, não havia! Havia gostos diferentes, situações diferentes que, a um olhar qualquer viciado numa felicidade e contemplação idealizada, não parecia fazer sentido. Pois havia felicidade na solidão, na chuva, no domingo, na melancolia. Na saudade, na adversidade, no coração vazio e na angústia.

Às vezes, dá pra se fazer escolhas. Naquele domingo, a que fiz foi me sentir pleno - simplesmente contemplando o pouco provável.


domingo, julho 13, 2008

Trilha sonora

Para os momentos "in"...



E para os “outs”;



Para os momentos mais leves...



E para os mais pesados;



Para contemplar...



E para ser contemplado;




Para hoje, agora e depois...



E para sempre:


sábado, julho 12, 2008

Subversivo Sim

desconheço o autor

domingo, julho 06, 2008

Expectativas

Aquele olhar me deixou tímido, confesso. Estremeci.
Virei e não quis mais saber. Mas sua imagem ficou na cabeça, o marrom esverdeado dos seus olhos havia me deixado confuso.
E fui pra casa pensando nisso e em como o simples ato de ter correspondido àquele olhar poderia ter mudado minha vida.
Ter feito eu conhecer você, seus amigos, sua família. Ter feito eu compartilhar - das palavras aos sentimentos...
Um simples olhar que desprezei.


Ou eu iria corresponder àquele seu gesto e ia me apaixonar de cara. Ia me afogar e viver momentos de constante ebulição sentimental, agradecendo por aquele encontro ter sido, simplesmente, fruto do destino.
Ia me entregar, ia dividir, ia fazer de mim um pouco você - achando que o "vice e versa" estaria sempre lá.
E, no final, tudo ia desmoronar. O tempo derrubando, destruindo tudo. Adversidades, intrigas, xingamentos, dor.
Eu ia sair arruinado. Com uma única certeza: a de que eu nunca deveria ter dado aquela chance aos seus olhos.

Viver é respirar expectativas.