domingo, fevereiro 08, 2009

Das perdas



"Nós perdemos as pessoas para depois darmos conta de quanto as amamos"
- Em um dos célebres diálogos do flme O curioso caso de Benjamin Button -



Às vezes é somente em momentos de perda e de separação que nos damos conta da dimensão real de certos sentimentos. A morte é mestre nisto: em nos fazer relembrar o quanto nós poderíamos ter sido mais intensos, verdadeiros e significativos do que fomos.

Não só a morte, mas o tempo também – outro mote bem presente na película de David Fincher. A todo o momento estamos lidando com perdas – grandes e pequenas. E elas vão acarretando uma série de fatores que encadeiam em nossas mais evidentes explosões de sentimentos.

As perdas geralmente são eternas. O tempo é irredutível e não nos concede a opção de não se perder: não ganhamos sequer nossa própria vida – ela chegou até nós assim, inquestionável.
E, ao final, não há para onde correr, uma vez que também vamos perdê-la.