quarta-feira, março 01, 2006

Festa da Mediocridade

O mais absurdo de todo o triunfo de banalidades (sobre o qual se apóia o Carnaval) é a cobertura da mídia diante das festas que ocorrem no país. A Rede Globo não perde a oportunidade de fazer seu automerchandising e transmitir suas “beldades” nuas no sambódromo, além de transformar esses desfiles medíocres em atrações da tv aberta no sábado e domingo à noite. Às outras emissoras, por serem subjugadas pelo poder do plin-plin, cabe apenas ficar nos bastidores tentando tirar uma lasquinha dos globais.
E dá-lhe emburrecimento!!!

E isto é a cultura brasileira: Viva as bundas e os balangandãs das globais! Viva os litros de silicone que não se movem nos seios da mulherada! Viva os carros alegóricos cheios de tecnologias depositadas em vão! Viva os trios elétricos puxando centenas de desocupados Viva a putaria, a baixaria e a promiscuidade (Isso nem é tão ruim, vai? Hehehehehe)! Viva o ócio! Viva a desordem, a farra, a bagunça!

Pode parecer generalização, mas fato é que o carnaval tornou-se algo extremamente podre. A questão da festa popular que faz parte da cultura brasileira já foi enterrada há um bom tempo, uma vez que em nenhum lugar mostra-se o carnaval tradicional de Olinda, Recife, Maceió e Manaus, onde tradições antigas ainda permanecem vivas.
O negócio agora é ver a Xuxa "cantando" junto com a Ivete Sangalo em Salvador, com o Bono Vox lá de lambuja, ver a Beyonce nua na Sapucaí e presenciar as torcidas da Mancha Verde e da Gaviões da Fiel sambando juntas no Anhembi (e se matando fora do sambódramo).


Esse é Brasilzão que acredita (e incentiva e promove e prega) que o ano só começa mesmo depois do carnaval.