segunda-feira, janeiro 26, 2009

É assim...

De repente você se depara com aquilo que não queria. Com aquela realidade que, mesmo que uma hora pudesse passar por algum de seus pensamentos, parecia estar longe; hipotética. Era isto que tornava tudo mais gostoso: a certeza de estar vivendo algo tão bom, tão sincero, tão puro. Como nunca, com entrega.

Eis que vem o tempo, eis que vem a imprevisibilidade, eis que vem a realidade e trazem consigo uma das piores dores: a da separação. Porque nossa vida é simplesmente uma sucessão de perdas e danos – na mais pessimista e coerente visão que se possa ter. Se um dia houve a conquista e a entrega, tudo, mais pra frente, não vai “passar de passado” - tonar-se-á desconquista, reclusa. E o dia-a-dia do presente surge como um tapa na cara, como uma avalanche de solidão, de angústia e dor.

Eu sempre reclamo da vida. Com algumas razões e outras mil "irrazões". Mas tenho de dizer que muitas vezes ela não é tão culpada assim. Nós é que somos por acreditar que tudo que é efêmero pode um dia parecer eterno.

E não dá pra não ser assim.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Triste

Demorou muito para eu perceber a maldade.
Para reconhecê-la, para encará-la, para eu aprender a conviver com sua onipresença.
Todo dia, a cada minuto, percebi que era impossível evitá-la.
Na tv, no rádio, até mesmo dentro de nossos lares.

O mais conflitante é, entretanto, perceber o pouco tempo que demorou para eu apreendê-la. Para eu praticá-la.
Mesmo se por defesa ou por qualquer outro motivo.
Fato é que ela está sempre lá, inerente à condição humana.