Eu só queria...

Minha vida é a busca por definições.
A mim, quase sempre, a existência por excelência não é suficiente. Quero sempre enxergar o intrínseco, aquilo que não é absorvido pela percepção dos olhos.
E nessa minha busca, esqueço-me de que a particularidade de viver está justamente na falta de definições que as coisas têm diante de nossos olhos.
Eu levo essa reflexão ao questionamento de agora: será que eu realmente estou vivendo? Não me refiro ao viver de anos, mas sim ao viver de cada dia, dos momentos.
Será que nunca vou me conformar com um silêncio?

...

De fato, não é tão fácil assim ser humano. Eu queria muito ser menos empírico, capitalista, ocidental. Eu queria acreditar na Clarice quando ela diz que viver ultrapassa qualquer entendimento.
Queria que as definições não fossem tão dogmáticas.
Queria viver a dúvida sem me preocupar com a dor que ela causa.
Não, eu não quero que as coisas sejam deveras fáceis.
Nem que os questionamentos se tornem banais.
Só queria acreditar que a vida está além de aprendizados.
Afinal, a fugacidade humana presente na vida e no mundo faz de nós seres absurdamente mutantes e corruptíveis que numa definição qualquer não se encaixariam.

Agora, só queria fechar os olhos e acreditar...
Acreditar que a vida poderia não ser tão real assim.

* *

Este é o primeiro post deste blog que acabo de inaugurar. Com ele, pretendo expor reflexões, idéias, acontecimentos e diversos outros tópicos que sejam pertinentes tanto ao meu dia-a-dia quanto ao dia-a-dia de tantas outras pessoas, desde aquelas que são próximas, até aquelas que eu não conheço. Espero que vocês possam ler e gostar, pois estarei atualizando-o periodicamente. E fiquem à vontade para comentar!